Na concha do teu colo encosto o meu ouvido e
ouço o teu pulsar: tum, tum,tum, tum e
ao fundo o mar.
Afago os teus cabelos e
os meus dedos deslizam nas ondas suaves com ternura.
Agarro-me a eles para não cair no abismo que o meu ser carrega.
Embalas-me...
lembras-me canções há muito esquecidas.
O teu perfume inebria-me- a maresia instala-se e
percorre cada pedaço de mim, cada grão de areia que rola no teu olhar.
Aconchego-me mais,
apertas-me de encontro a ti e
sinto-te firme como uma pequena rocha onde eu me ancoro...
e se me deixares... para sempre.
Sinto-me grande, como Odisseu!
Eis a sereia que tomei para mim.
A que quis olhar e sentir!
Ousarei ouvir-te se quiseres, sem medos , sem artifícios.
Resgatarei com pulso a minha condição:
amar-te até à eternidade e sempre,
sempre que estas linhas sejam lidas...
Esta é a prova indelével de que as Sereias cantam sem enganar, fingir ou mentir!! A tua escrita está cada vez mais bela e mais "autobiográfica", como diria o Sr. Professor :-) Esquecendo a brincadeira, as tuas partilhas são luz para o olhar, são o próprio "olhar que olha e que é olhado". Deixo-te aqui uma pérola que adoro! Partilho! https://www.youtube.com/watch?v=w3GoeFdP_uU
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