sexta-feira, 26 de junho de 2015

Da generosidade...


Os dias passam coloridos, pintando o arco íris dos anos.
Já são alguns os que fazem parte da tela que desenhamos em conjunto,
num diário gráfico matizado de vários tons de cores,
com paisagens felizes, instantes captados, colagens abundantes, desenhos abstractos,  óleos, aguarelas, guaches, lápis de cor, cera, graffiti, sanguínea, nus, de perfil, sentados, de mãos dadas, abraçados... e duas reproduções, feitas literalmente a dois.
 
É nesta partilha e nesta cumplicidade que germina a semente que constrói  e
 fortalece este caminho a par
e a passo e passo se torna uma longa estrada de generos(a)idade. 
O amor portanto!  

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Sorrisos


Decididamente gosto de sorrisos.
Principalmente daqueles que transbordam felicidade só porque sim...
Daqueles que iluminam os rostos e transparecem o quanto estão bem consigo próprios.
Se os olhos são o espelho da alma, o sorriso é a luz que a ilumina.
Faz com que as nuvens cinzentas se dissipem, o vento acalme e a tempestade passe.
 Mas tem de nascer no plexo solar, reluzente e magnífico,
emergindo na boca como uma flor desabrochada,
que nos apetece colher e guardar por entre as dobras da vida.
E ficar nele, sempre que nos abre a porta...

 

quarta-feira, 24 de junho de 2015

E agora?



E agora?
Meio século passou,
um ciclo fechou,
a vida continua.

Ámen.

O emprego foi e voltou,
os amigos ficaram,
outros vieram,
os filhos cresceram,
os sobrinhos também,
a família ficou.

E agora?

O futuro que se segue,
a tese da loucura,
ou a loucura em tese,
a demanda,
a procura...
Destino? Talvez.

Mas, e agora?

Lanço os dados,
jogo as cartas,
enlaço a intuição
e  seja o que for,
se estiver lá para mim,
seja o caminho,
seja a pedra,
a pedra no caminho
ou o caminho da pedra,
firme e segura,  até ao fim.

- Alexandra!
- Já vou! Estou indo.

terça-feira, 23 de junho de 2015

De novo...



Existem momentos na vida que valem tudo por quanto passamos.
Esses momentos podem ser, ter, falar, sentir... podem ser ínfimos, íntimos, fugazes, perenes.
Pode ser um olhar, um toque, um beijo, uma lágrima, um grito, um murro, um abraço, um sorriso...
 
Todos serão a dádiva da partilha e do reconhecimento de nós nos outros e o os outros em nós.
 
É esta a dinâmica da vida, que nos faz recomeçar, sorrir, cair, levantar e começar tudo.
De novo...
 
 
 
Imagem: gartic.com.br 

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Viva o Verão!



Os dias agora são maiores, enormes.
Espreguiçam-se nas horas, à beira rio, num copo a gotejar o frio.
As notas musicais se inscrevem nos raios de sol, já mornos de cor toranja,
que carregam o ar de beijos e mãos trocadas,
onde as meninas dos olhos ensaiam passos e dançam slows íntimos e insinuantes.
É a vida muito para além da tarde, da idade, do género, da nacionalidade ou da linha do horizonte... Celebremos...

sexta-feira, 19 de junho de 2015

De volta...

 

 
Por um tempo as palavras foram outras. Foram escritas, em papel, na mente,
nas noites tão mal dormidas, onde as palavras atropelam os sonhos e fintavam as estrelas e eram ideias a reter, notas a apontar ou abordagens interessantes... Muitas ficaram nesse limbo, nem chegaram ao papel, perderam-se ou esfumaram-se na bruma da manhã, afugentadas pelo despertador.
 
Por agora serão mais calmas, mais soltas e mais fagueiras, livres nos temas e nas loucuras.
 
Assim elas surjam como dantes...
 
Parecem andar um pouco arredias, encabrestadas. Mas virão à boca e aos dedos porque os olhos continuam a senti-las e a alma a vê-las, porque elas andam aí à baila...
 
 - A menina dança?