quarta-feira, 20 de abril de 2016

vígil




o vento rasga e esboça uma feição na nuvem que teima e insiste pintar...
sibila o sopro do silêncio... ouço-te...vígil

quarta-feira, 6 de abril de 2016

Ainda que...



 Ainda que o tempo escoe,
ainda que o silêncio se instale,
ainda que os dias se cosam ás mãos
e os olhos se prendam ao infinito,
ainda que a casa se agigante
e um quarto pequeno seja mundo
e a cama nau de tormenta insone,
ainda que o deslumbramento do sorriso
soe apenas no riso duma criança,
ainda que faça chuva ou brilhe o sol,
ainda que a indiferença se cole à pele,
lembra-te...
ainda és o barro que moldaste.