O Tempo urge e corre!
- Ao longe uma imagem de mim vagueia inerte no plano.
Estraçalha farripas de sangue que escorrem
em lágrimas rasgando a carne quente.
Fugaz labareda que lambe!
Gotas de água que brotam da fenda profunda no abismo,
que lavra e sulca gretas de dor.
O espaço rasga e fere!
O silêncio mata! Jaz!
A morte obscena levanta o véu.
Diáfana encruzilhada - devir eloquente, profano, amigo
- portal espectro de sombra negra que oculta.
- Contra o Tempo!
Imerge a alma. Esquiço fugaz de esperança.
A imanência do ser jorra, nasce e imerge em pranto...
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