segunda-feira, 30 de junho de 2014

Tempo

 
 "Aprende a viver o tempo que te foi dado"
                                                                  Dario Fo

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Medo...


Assustei-me!
Hoje um futuro fez-me uma visita.
Um vislumbre do que pode ser brutal,
assaltou-me o espírito.
Porque o relógio do tempo não se atrasa nem pára,
vi-me perdida e sem retorno
num buraco negro que me aspira e do qual não posso fugir.
Assustei-me! Juro-te!
Por favor, não (me)deixes!

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Vida

Foges-me.
Em vão tento prender-te, segurar-te entre as mãos,
agarrar-te com os meus braços, aconchegar-te ao peito, dentro do meu coração.
Escapas e esvaís-te como fluído transparente, inodoro, vital à minha essência,
sempre presente e omnipotente, que me absorve a existência e o meu ser.
Envolvo-te agora com mais firmeza, numa vontade de dois terços volvidos,
em ânsia de serena e terna quietude.
A ampulheta marca o tempo soberano.
Estás sempre comigo, moras dentro de mim mas... 
eu sei, um dia terei de te deixar partir.
Nesse dia, irei contigo...

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Círculo


Amanhã seremos aquilo que hoje sonhamos,
mas ontem,  já fomos o que sonhamos antes.
E antes disso,  já existíamos no sonho de o sermos amanhã.
Complexo?
Não... a vida é um eterno círculo.

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Abraço





Dos nós dos corpos surge o abraço,
nasce a ternura, embala-se a esperança 
e se morre de amor.
E o beijo é fruta madura colhida e dada
como dádiva divina de um céu da boca estrela, 
astro-rei onde a língua fecunda a carne
túrgida de frementes notas de suor, 
que escorrem no leito da vida.
Sim... é possível morrer-se de amor.

terça-feira, 17 de junho de 2014

Na corda bamba...




O meu estado de alma hoje, amanhã, depois e depois... e ainda depois.
 A seguir logo se verá... mas as borboletas continuam a bater as asas,
sinto-lhes o vento que arrepia a pele
 as mãos húmidas e trémulas de ansiedade.
Longas frases, longas esperas...