Como não possuo e não me encontro
e nem sou um, nem o outro, ou intermédio
tenho em mim todos os sonhos do mundo e, nada serei...
minha alma d' oiro, a mona, agora fuma e bebe e traça a perna
em sobolos rios vão, Maria fui ... Marta talvez
minha alma d' oiro, a mona, agora fuma e bebe e traça a perna
em sobolos rios vão, Maria fui ... Marta talvez
porque, aqui e agora, quem manda sou eu.
E quanto mais me escondo mais me avisto,
os meus olhos são meninos que na estrada andam perdidos:
a ausência é um estar em mim, alma e sangue e vida
mas, muito senhora da minha vontade.
mas, muito senhora da minha vontade.
A minha tristeza é sossego, é corpo,
corpo encontrando o corpo e por ele navegando
corpo encontrando o corpo e por ele navegando
nestas mãos nocturnas onde aperto os meus dias quebrados na cintura.
É quando o amor morre de amor, divino.
Quantas vezes morremos um no outro.
Hei de morrer de amar mais do que pude.
Não se perdeu nenhuma coisa em mim, continuam as noites e os poentes
O que há em mim é sobretudo cansaço...
Valeu a pena? Tudo vale a pena...
Mas não sei para onde vou...
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