segunda-feira, 28 de outubro de 2013

No início era a luz...



No princípio era a energia. A energia que nos faz, nos molda, nos preenche.
Somos feitos à semelhança de um poder criador que tudo abarca e tudo é. 
Quântica.
Pedaços de energia em profunda mutação, que se transformam e se recriam numa viagem intemporal e infinita pelo espaço da criação em busca do início primordial da luz.
Por vezes o percurso é sinuoso e sofrido. Por vezes esquecido. A centelha criadora jaz efémera, titubeante no seu crepitar, ténue, sumida na sua força. Não se apaga nunca, hiberna.
Espera.
Pacientemente até que algo a desperte da letargia e a ouça, olhe, crie e renasça o poder criador que sempre esteve lá, a força.
E do caos se faz logos, da desordem dos sentimentos reconstrói-se o corpo e a alma na sua forma mais pura, aberta, disponível para a sabedoria, grande. Equiparada à mãe, numa fusão de semelhança, de verosímil, de verdade primordial, onde tudo é e será, é e foi. 
Ser...

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