Forrei a palavras
as paredes do quarto.
Aquele que fica ao fundo,
no corredor de mim.
Na janela de onde voo
entrelacei exclamações e interrogações
embainhados por dois pontos
em contínuo.
É aqui que me passeio nua
e enfeito o cabelo
de nuvens e travessões
de pérolas regurgitadas,
onde me deito com a lua, nova.
As estrelas velam-me o sono
que tantas vezes se perde,
em horas vazias e,
embriagado brinca distraído
com os raios do sol ao vento.
- Que horas são?
- Poesia em ponto!
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