À beira mágoa escrevo.
Em corrente forte, árdua,
em catadupa torrente que
rasga e fere, furiosa
sulcos térreos bolbosos,
torrões grossos de lama opacos,
disformes, errantes - minha Alma pura.
E as palavras cavalgam letras e açoitam sentidos.
Esporam ânsias. Acoitam. Secam. Jazem mortas.
E a casa quieta ... erma
cresce e transporta o medo da solidão profunda...
E se?...
E se este não for o caminho?
E se esta não for a vida?
E se este não for o sentido?
Sinto uma leve brisa.
Sussurram-me ao ouvido:
- Hei-de fazer-te voar! Não. Não estás sozinho!
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