Descobri que as minhas palavras são órfãs.
No orfanato das letras, já passaram da idade de adopção.
Passaram à maior idade, sem sequer terem sido meninas, sem pai e sem mãe.
Desalinhadas, confusas e sempre a explodir na boca do coração.
Por isso, prendo-as ás linhas do papel em branco, com tinta para não fugirem.
Muitas são apenas borrões...
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