sexta-feira, 14 de março de 2014

Recomeçar...

A corda do tempo ressoa o compasso vazio,
preenche o peito e as mãos numa névoa espessa
tolda os olhos e os sentidos.
Na esquina do corpo molda-se a entrega que não se mostra, 
espaço vago que encolhe, estica, vibra e replica, 
 pulsão de medo, ternura e abandono.
O amor escorre como lágrima, lapidado e esculpido. 
Protege, definha, consome.
Casulo, concha, caixa.
Quarto, cela, cubículo, cofre.
Tempo. Espaço. Compasso. 
Ovo.
Tempo de (re)nascer. De (n)ovo.

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