terça-feira, 31 de março de 2015

Mar


Tenho inveja de ti!
Da cor dos teus olhos
dos rochedos que varres
em profundas incursões,
das praias que lambes
desvairadamente
e do espelho imenso
que refletes -
o nada e o tudo,
o nada que é tudo
e o tudo que é
uma imensidão de nada.
Inveja dos abismos que visitas,
dos seculares ais que abafas,
dos que abraças, revolves e vomitas
ou que agarras para sempre
no teu peito, de ondas cavas, profundas
que em êxtase espumam o clímax
do fim-princípio da criação.

Inveja - Sentimento que desconheço.
Mas é o que sinto por ti!



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