quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Chuva

Finalmente a chuva chegou...
Andava a ameaçar. Sentia-se o cheiro ao longe. Sabe bem, limpa o verde, o pó e a alma. 
Faz lembrar o aconchego da casa, o abraço do sofá, a volúpia da cama, as tranquilas tardes ou as quentes noites, a paz. O barulho das pingas grossas que fustigam as janelas, numa cadência harmoniosa onde a música tocada a compasso celestial nos embala e faz-nos pensar na chatice de ter esquecido o guarda-chuva, no transtorno do trânsito que se avoluma mais que o normal, na roupa estendida na corda, nos miúdos ao sair da escola e no quanto somos pequenos neste imenso cosmos, onde somos um pequeno grão e onde, bem vistas as coisas e ao que parece, somos nada...

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