A chávena de chá exala a doce cidreira ou a bela luísa, empurrando o frio.
E as palavras dançam com os olhos no palco branco guardado por portas espessas.
As letras formam palavras, como etéreas cortinas à boca de cena...
A cada página, em cada virar de folha, o ponto diz as deixas...
Ainda não floriram os jacarandás...
Talvez ainda, as laranjeiras não tenham flor e o seu cheiro ainda não carregue o ar...
Provavelmente, os rios ainda levam muita água e o vento fustiga as árvores arrancando folhas...
É ainda possível que o mar se agigante em mostrengas ondas...
O carreto desenrola o fio, dando largas à rédea solta da trama que enleia e absorve,
fixando imagens como fotolitos cravados em chapas
memorando instantes, vislumbres para sempre fixados, em cada vez que se abra de novo as portas...
- Prender-te-ei... !
Sem comentários:
Enviar um comentário