quinta-feira, 1 de março de 2018

Letreiro...


A noite cose tafetás escarlates no avesso da alma.
Tece nas veias dúvidas e questões
e embainha medos em dobras nunca imaginadas.
À medida disse o letreiro...
Sonhado.
O dia ofusca brilhos irisados que emergem ainda amarrotados e dolentes,
escondendo a brava negritude.
À medida diz o letreiro...
Inventado.
Rasgando os olhos franzidos a custo,
a linha da vida alterna no pano
erguendo costuras que levantam o descaído e fraco corpo.
E avança,  e acrescenta, arrepanha,  tira e põe, dispõe... corta!
Nasce, renasce, ressuscita, transforma...
À medida dirá o letreiro... 
Vivido.

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