Nêsperas e laranjas caem dos ramos prenhes
e a maresia invade as narinas saudosas do sal,
bordadas, no ainda pungente verde, rubras papoilas
com salpicos de brancos sanganhos e madressilvas entre cardos.
Ao vento abrem-se asas de andorinhas e o canto das gaivotas
exalam perfumes doces de magnólias e acácias em flor.
(fixam-se sorrisos nos rostos felizes
interpretando pedras desconhecidas num mapa desdobrado
na pausa duma mesa com um copo de vinho à saúde da vida
e à alegria que patrocina… prendem-se memórias para lembrar)
Estendo os olhos e deito-os no mar azul-céu.
O sol amorosamente beija o mar que sem pudor sorve-lhe a vida …
nele morre e ressuscita
não sem antes oferecer-lhe um crepúsculo de rosáceas
e os olhos deitados acompanham as ondase vão longe a acompanhar o barco
que teima transpor o horizonte a caminho do oriente…
Vestiram-se de purpura os passeios da cidade
e ainda tanto para ler...
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