No denso nevoeiro que bate no meu peito,
num esgar solitário,
rasgas-me o véu-penumbra que aniquila e espreme.
És luz quente e viva - esperança que ofusca,
que semicerra os olhos-cegos...
Com laivos de pincel de azul cintilante
derramas alegria a jorros...
voláteis e frágeis chispas incandescentes
...forjas-me a felicidade do devir.